Nutricionistas de toda a rede estadual de ensino se reuniram, na quarta-feira (29), no auditório da Secretaria da Educação do Estado (SEC), em torno de uma formação sobre a garantia da segurança alimentar nas escolas como política de Estado. Durante o encontro, os profissionais trocaram experiências e peculiaridades das diferentes regiões da Bahia; avaliaram as ações desenvolvidas pela SEC dentro do Programa Nacional de Alimentação Escolar para assegurar uma alimentação nutritiva aos estudantes; e dialogaram sobre o papel do nutricionista e a importância da aproximação com a Agricultura Familiar.
A alimentação escolar é um dos pilares para o fortalecimento da educação e funciona como um instrumento de apoio aos alunos para a sua permanência na escola, levando-se em conta que 60% desse público se encontram em vulnerabilidade social. O Programa de Alimentação Escolar, executado pela Secretaria da Educação, conta com um corpo de 34 profissionais em Nutrição –
em processo para a ampliação de mais 71 nutricionistas –, que têm a incumbência de promover um cardápio regionalizado, visando a valorização da cultura, do gosto e dos sabores locais.
Durante o encontro, os participantes aprofundaram seus conhecimentos sobre o Programa Alimentação Escolar, que visa contribuir para o crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis. A iniciativa se dá em parceria com a Agricultura Familiar e o cardápio regionalizado, a cargo dos nutricionistas, considerando as diferentes culturas nos 27 Territórios de Identidade da Bahia. Por decisão do Governo do Estado, a partir deste ano, 100% do valor repassado pelo PNAE deve ser investido na compra direta de produtos dos agricultores familiares. Isso representa um avanço em relação à lei nacional, que prevê que pelo menos 30% dos recursos deste programa sejam utilizados na Agricultura Familiar.
A nutricionista Tayane Freitas, que atua nas escolas ligadas ao Núcleo Territorial de Educação de Salvador e Região Metropolitana (NTE 26), destacou a importância do encontro entre os colegas e gestores da SEC. “É uma oportunidade para compartilharmos experiências entre os NTEs, levando em conta as diferentes realidades entre si, e de nos aproximarmos, cada vez mais da Agricultura Familiar já que a alimentação escolar é uma política do governo estadual no intuito de prezar pela qualidade e segurança alimentar nas escolas”.
Representando o NTE 9 (Amargosa), o nutricionista Evanildo Sales dos Santos também considerou fundamental a iniciativa da SEC. “A formação é muito importante para alinharmos ideias, propostas e adquirirmos novos conhecimentos no sentido de melhorar ainda mais o nosso trabalho, bem como entendermos o nosso papel na alimentação escolar. Foi um momento de aprendizagem e reflexão para, em seguida, aperfeiçoarmos a nossa prática na elaboração de cardápios saudáveis e no monitoramento do serviço de alimentação escolar”.
Investimentos
O reforço na alimentação escolar tem sido uma prioridade do Governo da Bahia, que destinou, para o ano letivo de 2024, R$ R$ 318 milhões do seu orçamento para o Programa de Alimentação Escolar, executado pela SEC. Por meio desta iniciativa, são ofertadas 30 milhões de refeições, por mês, em 1.082 escolas estaduais e 674 anexos, servindo cinco alimentações diárias. Outros R$ 92 milhões são oriundos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Governo Federal. No somatório, a Bahia terá, em 2024, R$ 410 milhões para este fim. A aquisição de alimentos da Agricultura Familiar é um fator importante para a segurança nutricional da alimentação escolar, pois garante uma nutrição adequada e contribui para movimentar as cadeias produtivas e a economia em toda a Bahia.
Fonte: Ascom/SEC
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