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Mulher de Ricardo Nunes teria dito ser casada com bandido – 17/04/2024 – Painel

Mulher do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), Regina Carnovale envolveu-se em uma briga com um casal de vizinhos há dez anos no prédio em que moravam, no bairro de Jardim Marajoara (zona sul), na qual teria dito que é “casada com bandido” e ameaçado “chamar o PCC”.

A acusação consta de Boletim de Ocorrência obtido pelo Painel. A discussão, registrada no 11º Distrito Policial, de Santo Amaro, ocorreu em 20 de setembro de 2014 por volta de 23h30, motivada por desavenças quanto a vagas de garagem.

Segundo o BO, naquela noite um casal de moradores do prédio, Ronaldo e Andreia Nunes, queixou-se ao síndico que Regina não havia estacionado direito seu carro na vaga delimitada, como já teria acontecido outras vezes.

Chamada para uma conversa no térreo do edifício, a hoje primeira-dama e o casal teriam iniciado um bate-boca que teria descambado para agressões físicas.

Regina diz no BO que foi atingida com um soco por Ronaldo e caiu no chão. O casal negou a agressão e disse que ela se desequilibrou.

Em determinado momento, a hoje primeira-dama teria gritado com o casal.

Na versão de Andreia, relatada na ocorrência policial, Regina teria dito: “Eu sou casada com bandido. Você não sabe quem eu sou. Vou chamar o PCC e você está morto”. Na época, Nunes era vereador, em seu primeiro mandato.

A frase não consta dos relatos do marido de Andreia, nem do síndico, Rodrigo Fernandes, ou ainda da própria Regina.

Em contato com o Painel, Andreia disse que o caso não teve desdobramentos jurídicos. Ela não quis fazer mais comentários. “Na verdade eu já até esqueci disso, está bem enterrado”, declarou.

Já o síndico afirmou à coluna que não se lembra do episódio –embora dê detalhes sobre ele no BO.

Outro lado

Em nota, a gestão municipal disse que “não cabe à Prefeitura dar qualquer resposta sobre uma suposta briga de condomínio ocorrida há dez anos”.

Já a família Nunes, também em nota, diz que “entende a reportagem como um ataque pessoal”.

“Não há nada que justifique a divulgação de um desentendimento por vaga de garagem ocorrido há mais de uma década. Não há nenhum interesse público”, afirma. A família acrescenta que a publicação é também “uma violência contra a história centenária da Folha de S.Paulo”.

“Regina nega veementemente a referida alegação reproduzida pelo jornal, a partir de um documento contraditório, com quatro versões diferentes. Não houve desdobramento e nem comprovação. Nessa divulgação, existe somente jogo eleitoral rasteiro”, declara.


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