Iniciativa tem como propósito criar um ambiente mais acolhedor e cultura de empatia nas unidades de saúde do Distrito Federal
Por Thaís Umbelino, da Agência Brasília | Edição: Vinicius Nader
O Governo do Distrito Federal (GDF) celebrou, nesta sexta-feira (29), os cinco anos do Projeto Humanizar, que cria um ambiente mais acolhedor dentro das unidades de saúde, em evento no Salão Branco do Palácio do Buriti em comemoração ao Dia Nacional da Humanização. Com o sucesso da iniciativa, a meta agora é expandir o projeto de atendimento por toda a rede pública.
“Durante o ano de 2025, além de incentivar ainda mais esse programa dentro do Iges-DF, vamos fazer um trabalho muito forte dentro da Secretaria de Saúde para que a gente ajude toda a população do Distrito Federal, melhorando a qualidade do nosso atendimento”, destacou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. “Tenho certeza que as famílias que são recebidas dentro das unidades do Iges-DF são muito mais felizes, tranquilas e confiantes na saúde do DF”, acrescentou o governador.
O Projeto Humanizar tem como propósito criar um ambiente mais humano nas unidades de saúde geridas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), beneficiando pacientes, acompanhantes e outros usuários. Idealizado pela primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, o projeto visa difundir uma cultura de cuidado e empatia no sistema de saúde.
“Meu sonho é ver o Projeto Humanizar se expandindo para a Secretaria de Saúde. Sabemos que a contratação de profissionais é diferente, mas estamos trabalhando para adaptar o modelo e levar esse acolhimento a toda a rede hospitalar do DF”, afirmou Mayara.
O conceito de humanização do atendimento foi concebido em 2019 e, em 2021, passou a ser implementado pelo Núcleo de Humanização da Gerência de Gestão do Conhecimento e Humanização do Iges-DF. Atualmente, cerca de 120 profissionais estão envolvidos no projeto, atuando nos hospitais de Base, Regional de Santa Maria e Cidade do Sol e nas 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do DF. Somente em 2023, foram registrados 841.306 atendimentos, demonstrando a ampla adesão ao programa.
O acolhimento humanizado começa nas portas de entrada das unidades, com a equipe oferecendo escuta ativa e orientação aos pacientes. O atendimento se estende a todas as etapas do processo, desde consultas até a internação. O projeto segue as diretrizes da Política Nacional de Humanização, estabelecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Para avaliar a qualidade do atendimento, os pacientes são convidados a responder um questionário sobre a experiência ao ter alta. As perguntas abrangem aspectos como alimentação, atendimento médico, assistência de enfermagem e tratamento. Em 2023, a ouvidoria registrou 71 avaliações positivas, o que reflete a satisfação dos pacientes com o acolhimento oferecido.
“O Projeto Humanizar visa proporcionar mais humanização desde o primeiro contato do paciente com a unidade de saúde até o final do tratamento”, afirmou o presidente do Iges-DF, Juracy Cavalcante Lacerda. “Devemos enxergar o paciente como uma trajetória, não apenas um momento isolado”, completou.
Reconhecimento
Durante a celebração dos cinco anos do projeto, o analista de atendimento Israel Lima, 30 anos, foi reconhecido pelo trabalho no acolhimento humanizado. Ele atua desde o início do programa oferecendo apoio e informações aos pacientes e familiares. “Ser reconhecido por ajudar o paciente a se sentir acolhido e orientado é uma sensação muito boa”, comemora Israel.
O profissional atua nas unidades de Pronto Atendimento de Planaltina e do Paranoá, além do Hospital de Base: “Minha função é auxiliar o trabalho dos colaboradores do projeto, para que a gente consiga trazer uma celeridade ao atendimento dos usuários”.
Outro profissional celebrado durante a cerimônia foi Rogério Soares, 52 anos, que atua como auxiliar de atendimento humanizado. “Nosso papel não é apenas tranquilizar o paciente, mas também apoiar os familiares, que muitas vezes ficam angustiados. Esse trabalho tem um grande impacto na vida das pessoas, e ver o paciente se sentindo melhor é uma alegria imensa para nós.”
Há cinco anos no projeto, ele conta que já fez muitos amigos e influenciou outras pessoas: “Uma paciente, que hoje está curada, me procurou para falar que depois do meu atendimento, resolveu ajudar outras pessoas da mesma forma, por meio de trabalho voluntário no hospital. Mudar a vida das pessoas é muito gratificante”.
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Créditos do autor: Cristiane Rocha de Souza da Rocha Pitta
Créditos da imagem: Reprodução/Divulgação
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