— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) September 16, 2025
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) concedeu entrevista na terça-feira, 16 de setembro, após visitar o pai, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que voltou a ser internado em razão de um mal-estar. Na saída do hospital, o parlamentar fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem apontou como adversário político.
Segundo Flávio, é necessário que Moraes interrompa o que classificou como perseguição sistemática ao ex-presidente, para que ele possa se recuperar em paz. “Até terrorista dá uma trégua numa guerra, né, cara? Eu tô pedindo para o terrorista dar uma trégua, cara”, declarou o senador, comparando a postura do ministro a criminosos.
O parlamentar também criticou uma intimação judicial recebida pelo pai durante período de internação. “O cara teve coragem de intimar o presidente numa UTI aqui pra tomar ciência de coisa. Não tem o mínimo de humanidade, não, cara? Tô fazendo apelo aqui, não tem o mínimo de humanidade, não? O mínimo de bom senso. Bom senso só que eu tô pedindo, mais nada. Além de cumprir a lei. Já não cumpre a lei mesmo. Tô pedindo bom senso só, pelo menos”, afirmou.
Em sua fala, Flávio Bolsonaro aproveitou para defender a rápida tramitação do projeto de anistia ampla, geral e irrestrita no Congresso Nacional. Ele argumentou que a proposta serviria para corrigir decisões do Supremo que, em sua avaliação, extrapolaram competências do Legislativo. “É um negócio desgastante, é cansativo. Sabe, pegar um cara que não fez nada de errado, um cara correto, honesto, e tratar desse jeito como se fosse um marginal? Os crimes que ele foi condenado agora foram um grande teatro que Alexandre de Moraes armou pra cima dele, inventando crime, distorcendo legislação. Então, acho que agora, se você perguntar sobre anistia, é um momento que o Congresso tem de, pelo menos, recuperar um pouquinho a sua imagem… e aprovar a anistia”, declarou.
O senador também demonstrou preocupação com os bastidores da proposta, diante da resistência de aliados do governo Lula (PT) em incluir Jair Bolsonaro no texto. “Vamos ver como é que vai ser a definição aí de relatoria, de texto. O fato é que eu estou muito consciente que a gente precisa virar essa página da nossa história e aprovar a anistia, sim, porque o Bolsonaro merece ter de volta tudo aquilo que a Alexandre Moraes interferiu para tomá-lo, inclusive desequilibrando a eleição em 2022”, disse.
Encerrando a entrevista, Flávio Bolsonaro pediu orações pela saúde do pai: “Só peço que todos continuem em oração, e se Deus quiser, mais uma vez, não vai ser nada grave, em breve ele tá de volta em casa”, concluiu.
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