O jornal O Estado de S. Paulo, conhecido como Estadão, contraiu dívida milionária ao arrecadar R$ 142,5 milhões por meio da emissão de debêntures. Essa medida é uma tentativa de fortalecer a saúde financeira da empresa, que luta contra uma crise que afeta praticamente toda a mídia impressa.
A sociedade anônima (SA) do Estadão levantou os cerca de 142,5 milhões de reais em duas emissões de debêntures — títulos de dívidas que concedem um direito de crédito ao investidor — com investidores institucionais e private banking. A informação é do Brazil Journal.
Ainda de acordo com o Brazil Journal, uma das debêntures tem prazo de 10 anos, podendo ser renovada por mais uma década. O documento também dá direito ao detentor a participação de 12,5% na distribuição de lucros da empresa.
Outra dívida é um título perpétuo, que pode ser convertido em ações, e também será remunerado seguindo os resultados do Estadão.
Além disso, a família Mesquita, quarta geração de herdeiros do jornal, fez um aporte de R$ 15 milhões e cedeu 10% de sua posição acionária na Agência Estado.
Somando as duas operações, a arrecadação do Grupo Estado chega perto dos R$ 160 milhões.
Segundo matéria publicada no Estadão, no segmento das mídias impressas, o jornal paulista lidera a circulação com uma média de 58 mil exemplares por dia em 2023. Os dados são do Instituto Verificador de Comunicação (IVC). O Globo aparece em segundo, com 56 mil; o Diário Gaúcho soma 45 mil; e a Folha de S. Paulo, 44 mil exemplares por dia.
Já Correio Braziliense, do Distrito Federal, tem média diária de 8,5 mil exemplares diários, segundo o dado mais recente do IVC, referente a abril de 2024.
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