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Eletrobras quer permitir demissões em massa e cortar salários de funcionários em 12,5%


Caso o novo acordo seja aprovado, a companhia vai poder demitir trabalhadores em massa sem apresentar um plano de demissão voluntária. g1 tenta contato com a Eletrobras. Logo da Eletrobras, em prédio da estatal no Rio de Janeiro
Pilar Olivares/Reuters
A Eletrobras apresentou uma proposta de acordo coletivo de trabalho aos sindicatos que prevê o corte de 12,5% dos salários dos funcionários e a exclusão de uma cláusula que impede demissões em massa, segundo apurou o g1.
Dessa forma, caso o novo acordo seja aprovado, a companhia vai poder demitir trabalhadores em massa sem apresentar um plano de demissão voluntária –que garante alguns benefícios àqueles que escolhem se desligar da empresa.
As medidas foram propostas durante o processo de renegociação do acordo coletivo de trabalho, que vence nesse semestre. Desde abril, a empresa está em negociação com os sindicatos.
Já a proposta de corte dos salários prevista na proposta da Eletrobras vale para os funcionários que recebem até R$ 15,5 mil – quem recebe esse valor, por exemplo, pode ter um corte de mais de R$ 1,9 mil por mês.
O assunto chegou ao governo federal no início de abril. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, recebeu integrantes da Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), que reclamaram de dificuldades para negociar com a nova gestão da Eletrobras privatizada.
A Eletrobras foi privatizada em junho de 2022. O Estado brasileiro continuou acionista da companhia, embora não tenha mais controle acionário –ou seja, não pode mais decidir os rumos da Eletrobras.
A nova gestão que a assumiu a Eletrobras após a privatização, em uma chapa composta por alguns dos acionistas privados, iniciou um processo de redução de custos e lançamento de planos de demissão voluntária, com o objetivo de “enxugar” a companhia.
O g1 questionou a Eletrobras sobre a proposta apresentada aos sindicatos, mas ainda aguarda retorno.

Fonte: clique aqui.

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