O atacante Roberto Firmino foi ordenado pastor no último final de semana, pela Manah Church. Atuando pelo Al Ahli, da Arábia Saudita, o atleta terá um grande desafio pela frente: exercer o ministério enquanto vive em um país que persegue cristãos.
No Instagram, o jogador compartilhou fotos do culto celebrado em Maceoió (AL), em que foi ordenado ao ministério pastoral, e revelou que ele e a esposa nunca buscaram cargos eclesiásticos, mas Deus tinha outros planos:
“3 anos de Manah Church. Que noite memorável e inesquecível. Essa igreja NASCEU no coração de Deus e somos extremamente gratos pelo privilégio de testemunhar de perto tudo o que o Senhor tem feito”, introduziu o atacante, que coleciona passagens pela Seleção Brasileira e teve uma vitoriosa passagem pelo Liverpool, da Inglaterra.
Quando ainda jogava pelo time inglês, em janeiro de 2020, Firmino foi batizado nas águas em Londres, em uma celebração realizada de forma discreta, mas com a presença de amigos e irmãos na fé, como o goleiro Alisson Becker (à época seu companheiro de clube) e os cantores Gabriela Rocha e Isaías Saad.
Em agosto de 2021 ele e a esposa foram ordenados evangelistas, e agora Firmino enfatizou em sua publicação que a Salvação é uma obra operada por Deus: “A Bíblia diz em Efésios 3:20: ‘Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós’. É tudo sobre o poder dEle, já que em nós não há mérito nenhum”.
“Nunca foi um objetivo nosso abrir uma igreja ou ter um cargo eclesiástico, Deus sabe bem disso. Desde nosso encontro com Cristo um anseio queima em nossos corações… que as pessoas conheçam esse amor que nos alcançou. Agora temos outro anseio e responsabilidade… Ser pastores segundo o coração de Deus e que cooperam com o Reino”, refletiu o jogador.
Ele e a esposa, Larissa, afirmaram que suas vidas são um testemunho que ilustra “o tamanho da misericórdia de Deus” e acrescentaram que “Ele realmente escolhe os improváveis! Obrigado Jesus”.
Arábia Saudita
Roberto Firmino joga pelo Al Ahli, da Arábia Saudita, país que é classificado pela Missão Portas Abertas como o 13° mais hostil ao cristianismo em todo o mundo. O cenário é desafiador aos cristãos por conta da proibição de evangelismo: “A conversão do islamismo para o cristianismo é inaceitável sob a lei islâmica – de fato, é considerada um dos principais pecados que um muçulmano pode cometer”.
Se um muçulmano se converte ao Evangelho as consequências são graves: “Se descoberto, meninos e homens têm mais probabilidade de serem expulsos de casa, enquanto meninas e mulheres são geralmente isoladas e abusadas dentro de casa”.
Entretanto, a Portas Abertas enfatiza que casos mais extremos são registrados com frequência: “Todos os convertidos correm o risco de serem mortos para ‘restaurar’ a honra da família. Enquanto alguns cristãos sauditas são abertos quanto a sua fé, a maioria escolhe mantê-la escondida – mesmo para os próprios filhos, para que eles não relevem sem querer a fé dos pais”.
“Cristãos estrangeiros podem enfrentar desafios similares. Todos os expatriados são proibidos de compartilhar a fé com muçulmanos e se reunir para atividades da igreja. Fazer isso pode levar a detenção e deportação. Trabalhadores africanos e asiáticos são regularmente expostos a abuso físico e verbal por causa de sua etnia e baixo status social, mas a fé cristã deles também pode desempenhar um papel nessa condição. A perseguição pode ser exagerada se eles forem de origem muçulmana”, conclui a entidade que monitora a perseguição religiosa ao redor do mundo.
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