Goiânia – O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou o pastor Davi Passamani pelo crime de importunação sexual. A denúncia foi feita na última quinta-feira (11/4).
Segundo a defesa dele, é referente a um crime denunciado em dezembro de 2023, que teria ocorrido durante um diálogo realizado em um aplicativo de mensagens de um “interlocutor que afirma ser Passamani” e uma mulher.
Davi Passamani está preso desde o último dia 4 de abril. Segundo a delegada Amanda Menucci, o religioso representava risco às mulheres, já que se aproveitava de pessoas vulneráveis emocionalmente e usava até versículos bíblicos para a abordagem das vítimas. Até o momento, ele já foi investigado três vezes.
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Davi Passamani
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Pastor alega inocência
De acordo com a defesa de Passamani, feita pelo advogado Leandro silva, ele é inocente. Em nota, as acusações contra o religioso foram negadas. No documento, a defesa alega que as mensagens trocadas com a suposta vítima foram através de um aplicativo de mensagens.
Ainda conforme Silva, o religioso não tinha controle das suas próprias redes sociais e elas eram controladas por terceiros que também cuidavam das finanças das duas empresas dele e da igreja.
Histórico de denúncias
Além do caso de 2023, Passamani foi denunciado outras duas vezes. Uma delas em março de 2020, quando uma jovem de 20 anos usou as redes sociais para denunciar Passamani por importunação sexual.
A denúncia foi formalizada na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia, que apurou o relato e encaminhou o inquérito ao Ministério Público.
De acordo com a jovem, o assédio teria ocorrido pouco mais de um ano antes da denúncia, mas ela justificou que teve medo e insegurança em expor a situação. Nas postagens em perfil no X (antigo Twitter), ela garantia ter provas da queixa como áudios, mensagens de texto e até vídeo de uma chamada do suspeito com ela.
O advogado de Passamani disse à época que ele foi afastado das funções ministeriais para tratamento médico especializado. Também no fim de março, Passamani gravou um vídeo no qual ele negava a prática de crime e avisava sobre o apoio psiquiátrico a que havia procurado.
Um mês depois, a Justiça arquivou o processo por “ausência de justa causa”. O processo corre em segredo de Justiça.
Sobre esse caso de 2020, ele foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil por assédio após a vítima entrar com uma ação na esfera civil. Essa mesma mulher foi chamada de “sonsa” por um desembargador durante uma sessão que discutia o caso.
Ele renunciou ao cargo de presidente e líder religioso na Igreja Casa após a última acusação. Em uma nota divulgada em 24 de dezembro de 2023, Passamani diz que a decisão é definitiva, porém, segundo a PCGO, ele voltou a fazer pregações religiosas, o que justificou a prisão.
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