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Pastor americano preso por construir igreja é libertado após 20 anos de prisão na China

David Lin, um pastor americano de 68 anos, foi libertado após quase duas décadas preso na China, segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos. A libertação marca o fim de um dos casos mais sensíveis nas relações entre os dois países, e foi celebrada como um avanço diplomático pelo governo Biden.

Lin foi preso em 2006 após ajudar uma igreja clandestina a construir um local de culto não autorizado. Inicialmente, ele foi condenado à prisão perpétua por fraude contratual, uma acusação que ele sempre negou. A sua prisão foi considerada pelo Departamento de Estado como injusta, e Lin era um dos três cidadãos americanos mantidos em custódia na China em condições semelhantes.

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“Congratulamos a libertação de David Lin da prisão na República Popular da China. Ele retornou aos Estados Unidos e agora pode ver sua família pela primeira vez em quase 20 anos”, disse um porta-voz do Departamento de Estado em comunicado.

Campanha pela libertação

O governo Biden tem trabalhado para garantir a libertação de cidadãos americanos detidos injustamente no exterior, incluindo Lin. Autoridades de alto nível, como o Secretário de Estado Antony Blinken e o Conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan, mencionaram o caso em várias conversas com autoridades chinesas, apontando-o como uma prioridade.

O próprio presidente Joe Biden abordou o assunto diretamente com o líder chinês Xi Jinping em uma reunião em São Francisco no final de 2023 e em telefonemas subsequentes.

Embora Lin esteja agora livre, os outros dois americanos detidos injustamente na China — Kai Li e Mark Swidan — continuam presos sob acusações de espionagem e tráfico de drogas, respectivamente. A pressão para libertá-los segue intensa.

O congressista Michael McCaul, do Texas, comemorou a libertação de Lin, mas destacou que outros americanos ainda aguardam justiça. “Estou extremamente feliz em saber que David Lin foi libertado. No entanto, Kai Li e o texano Mark Swidan ainda permanecem prisioneiros do Partido Comunista Chinês — e devem ser libertados agora”, disse McCaul.

Fé por trás das grades

David Lin começou a viajar para a China na década de 1990, onde pregava o evangelho. Em 2006, ele foi preso por apoiar a construção de uma igreja doméstica — locais de culto clandestinos que operam fora do controle do governo chinês. Durante o tempo em que esteve encarcerado, Lin não abandonou sua fé, e aproveitou a oportunidade para formar um grupo de oração com outros prisioneiros.

A repressão às igrejas domésticas se intensificou nos últimos anos, especialmente sob o governo de Xi Jinping, que endureceu as políticas contra grupos religiosos não autorizados. Lin foi acusado de fraude contratual, um crime comummente utilizado para penalizar líderes de igrejas que arrecadam fundos para seus trabalhos religiosos.

Em 2009, Lin foi condenado à prisão perpétua, mas, ao longo dos anos, teve sua pena reduzida diversas vezes. Ele deveria ser solto em 2029, mas sua libertação foi antecipada, em parte, pelo trabalho diplomático americano.

Fonte: clique aqui.

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