Organizações confessionais, isto é, que seguem princípios religiosos, possuem a própria política de atuação para diferentes situações do dia a dia, o que não é diferente no caso dos hospitais cristãos. Mas, apesar disso, uma unidade de saúde da California, Estados Unidos, está sendo processada por se recusar a realizar um aborto de emergência.
O alvo do processo é o Providence St. Joseph Hospital, uma unidade de saúde católica sem fins lucrativos que presta atendimento à população local. O agente da ação, por outro lado, é o próprio governo da Califórnia.
A informação foi divulgada pelo próprio procurador-geral do estado, Rob Bonta, através de um comunicado repassado à imprensa. A ação judicial foi apresentada no Tribunal Superior do Condado de Humboldt.
De acordo com a alegação, o hospital cristão teria se recusado a fazer um aborto na paciente Anna Nusslock, que supostamente estaria correndo risco de vida após a sua bolsa (saco amniótico) estourar durante a 15ª semana de gestação de gêmeos.
“A Califórnia é o farol de esperança para tantos americanos em todo o país que tentam acessar os serviços de aborto”, diz o procurador-geral em seu comunicado. “É condenatório que aqui na Califórnia, onde o aborto é um direito constitucional, tenhamos um hospital implementando uma política que lembra as leis de batimentos cardíacos em estados extremistas”.
Na sequência, o procurador-geral disse que a morte deliberada de bebês no útero materno seria um “procedimento de saúde”, alegando que os californianos têm “o direito de acessar serviços de aborto oportunos e seguros. No Departamento de Justiça da Califórnia, usaremos toda a força deste escritório para responsabilizar aqueles que, como Providence, estão infringindo a lei.”
Posicionamento
Por meio do seu porta-voz, o hospital cristão negou que tivesse cometido ilegalidade, afirmando que seguiu o seu procedimento na oferta dos cuidados necessários à paciente.
“A Providence está profundamente empenhada na saúde e bem-estar das mulheres e das doentes grávidas e presta serviços de emergência a todos os que atravessam as nossas portas de acordo com a lei estadual e federal”, disse o porta-voz, segundo o Christian Post.
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