Viralizou nas redes sociais o trecho de uma pregação feita por Ana Paula Valadão, uma das líderes da Igreja Batista da Lagoinha, onde a mesma aparece em prantos tecendo críticas ao que parece ser o atual cenário de “racha” familiar entre os líderes da denominação.
“Eu estou muito brava. Não sou apenas mãe dos meus filhos; sou mãe dessa casa, dessa cidade, dessa nação! Investi aqui o que tenho de mais precioso, e questiono: o que estão fazendo?”, questionou ela, chorando.
Uma vez que os cultos e ministrações são gravados, o registro da pregação ficou disponível nas redes sociais da igreja, mas acabou sendo deletado na última terça-feira (19), sugerindo que a fala teria causado desconforto à cúpula da denominação liderada por seu irmão, André Valadão.
Essa tese ganhou força após a repercussão de uma notícia na coluna da jornalista Fabíola Oliveira, no Metrópoles, onde a comunicadora diz que André Valadão processou a Igreja Lagoinha de Niterói, representada por Felippe Valadão, seu cunhado, uma vez que é o esposo de Mariana Valadão.
O motivo do processo, segundo a colunista, seria a utilização do nome “Lagoinha”, algo que, apesar de autorizado no início da igreja liderada por Felippe no Rio de Janeiro, teria deixado de ser permitido no ano de 2022.
Nas redes sociais, internautas também especularam se a exigência de André Valadão quanto à remoção do nome “Lagoinha” sobre a igreja de Niterói seria por causa de discordâncias doutrinárias. Essa informação, contudo, não foi trazida à tona pelos pastores envolvidos no imbróglio.
A ira que Ana Paula Valadão, portanto, demonstrou em sua ministração, seria fruto desse conflito que, na prática, sugere um “racha” entre os próprios parentes.
Indireta
Apesar de nenhum dos envolvidos no suposto conflito pela disputa da marca “Lagoinha” ter se pronunciado publicamente sobre o caso, até então, negando ou confirmando as informações, algumas publicações sugerem que trata-se de uma realidade.
O pastor Felippe Valadão, por exemplo, publicou em seu perfil no Instagram, em aparente indireta sobre a situação, a passagem de 1 Coríntios 6:5-8, onde está escrito o seguinte:
“Digo isso para envergonhá-los. Acaso não há entre vocês alguém suficientemente sábio para julgar uma causa entre irmãos? Mas, ao invés disso, um irmão vai ao tribunal contra outro irmão, e isso diante de descrentes! O fato de haver litígios entre vocês já significa uma completa derrota. Por que não preferem sofrer a injustiça? Por que não preferem sofrer o prejuízo? Em vez disso vocês mesmos causam injustiças e prejuízos, e isso contra irmãos!”.
O líder da Lagoinha Niterói comentou a postagem, incluindo emojis de choro. “Só Ele pra nos colocar de pé!!! Eu sempre estive aqui abençoando a sua vida, mas hoje você que está lendo esse texto pode orar por mim e por minha família hoje? Precisamos muito das suas orações”, escreveu.
Uma seguidora do pastor lamentou a situação, também, dando a entender que o conflito por trás do processo pela remoção do nome “Lagoinha” possa ser, de fato, por questões doutrinárias e não apenas pelo mero uso da marca.
“A Lagoinha Niterói nasceu com o respaldo e o nome da [Igreja Batista de] Lagoinha de BH, o que foi crucial para seu crescimento. No entanto, se hoje essa igreja não segue mais os princípios e a doutrina originais, é válido refletir sobre a necessidade de mudanças”, postou a internauta.
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