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Estudantes do Colégio Antônio Felipe Evangelista Neto, no Vale do Jiquiriçá, usam mel de cacau como herbicida

De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 80% do plantio de cacau na Bahia pertence a pequenos produtores e agricultores familiares. Esse tipo de produção demanda um financiamento próprio, por isso quando problemas que afetam a feitura e qualidade do cacau surgem, as despesas da plantação são de alto impacto. Pensando nisso, os estudantes Bernardo Amaral, João Santos e Davi Barreto, do Colégio Estadual Antônio Felipe Evangelista Neto, localizado em Mutuípe, no Vale do Jiquiriçá, utilizaram o mel de cacau como herbicida biológico para impedir o desenvolvimento de ervas daninhas na cultura desse fruto.

O orientador do projeto, Rafael Santos, explica que o cacau é uma das principais fontes de renda da região e orgulho da comunidade. Por isso, inspirou o estudo sobre uma possível alternativa que colaborasse com os produtores, já que os danos nas plantações são uma séria preocupação financeira. “Normalmente o controle dessas ervas é caro e algumas opções de tratamento causam impactos negativos ao meio ambiente e à saúde humana. Diante disso, decidimos explorar a possibilidade do uso do mel de cacau como um pesticida biológico”.

Foto: Ascom/Secti

Após uma revisão bibliográfica sobre as propriedades do mel de cacau e a eficácia como herbicida natural, os estudantes conduziram um levantamento de campo para identificar as espécies de ervas daninhas mais comuns nas plantações em Mutuípe. “Os resultados mostraram que o mel de cacau reduziu significativamente o crescimento das pragas e os custos de controle em 25%, comparando aos herbicidas químicos”, destaca.

De acordo com Rafael, a iniciativa é uma solução sustentável por ser orgânica e economicamente viável. “Alguns agricultores não aproveitam o mel de cacau devido à falta de tempo, interesse ou conhecimento, mas a utilização dele reduz a necessidade de produtos químicos prejudiciais ao solo, à água e aos recursos naturais, além de ser uma alternativa de baixo custo”, diz sobre o projeto que foi elaborado no âmbito Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação (SEC).

Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.

Fonte: Ascom/Secti

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Créditos do autor: Daza Moreira

Créditos da imagem: Reprodução/Divulgação

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