O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes defendeu, nesta segunda-feira (25/3), que o Congresso Nacional discuta uma reforma nas instituições policiais após vir a tona a acusação do envolvimento de agentes públicos no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O decano da Suprema Corte classificou o caso como “extremamente grave” e sugeriu a “refundação” das instituições.
“Se tendo esse tipo de notícia, do envolvimento da polícia, com o crime organizado, parte da polícia, com o crime organizado, e obviamente isso é algo extremamente grave. É preciso pensar numa refundação dessas instituições. É preciso tomar as medidas necessárias”, defendeu Gilmar Mendes.
As declarações foram dadas na chegada do decano à celebração dos 200 anos do Senado, na tarde desta segunda-feira.
“Eu acho que é o momento de profunda reflexão do Congresso Nacional se dedicar a essa temática de uma reforma das polícias e uma reforma especialmente voltada para o que está acontecendo no Rio de Janeiro”, completou Gilmar Mendes.
Prisão de mandantes
A Polícia Federal (PF) prendeu três acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Os agentes chegaram aos nomes de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Chiquinho Brazão, deputado federal, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, após a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa.
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